Ponto nos Is.

21 setembro 2009

Ponto Eletrônico - Capítulo 1

Seis horas da manhã, término de um turno início de outro, chegam às pessoas para organizar limpar e por funcionando a empresa em condições favoráveis de higiene e produtividade. Fala-se do pessoal de serviços gerais, que, meio que automaticamente, passam seu crachá e registram seus pontos desconfiados. "Será que passou mesmo?" "Final do mês espero que mostre o registro." "Sempre estou devendo horas." "Meu crachá não lê". "Sempre faço horas e nunca tem". "Como pode, tenho horas e descontam do salário". "Quando precisam exigem que passem do horário, mas, quando atraso me descontam". "Cobram muito e oferecem pouco". E assim seguem suas rotinas, catam seus instrumentos de trabalho, acatam as ordens de seus superiores e seguem para mais um dia com suas atividades laborais. A maioria sem expectativa de mudança, sem prioridade, sem objetivos. Outros, até confiantes, buscam melhoras, procuram qualificações, tentam um diferencial.
A empresa renasce a cada dia, com os funcionarios, com as pessoas que participam desta mudança contínua. São pessoas que buscam aprender, outras que procuram ensinar, algumas que visualizam crescimento profissioanl, qualificação, responsabilidades, conquistas. umas agem com profissionalismo, determinação, comprometimento. Alguamas buscam status, presença, satisfação, renome. E ainda aqueles que buscam reconheciemento, conscientização, humanização, participação e desempenho profissional.
Dividindo por grupo, tenta-se conhecer o mundo individual de cada um deles, os que buscam, os que enxergam quais expectativas, que diretrizes a seguir. Hierarquicamente toda empresa está definida em diretores, supervisores e empregados, classificados por cargos e funções e enquadrados por níveis de remuneração. Assim se dimensiona a qualificação funcional dos "empregados" da empresa.
Descrever o desenvolver de uma empresa em suas dimensões, visões e administrações requer observar, conhecer, direcionar, classificar e entender cada conduta e posicionar a opinião e o conheciemento demodo geral.
Substancialmente, as pessoas trabalham na condição de dias e vidas melhores, estável, que atendam as suas necessidades humanas de conquistas, de posse, de formação e qualificação. Sabe-se que alguns seguem caminhos diferenciados: a necessidade, a responsabilidade, familia, filhos são mais que prioridades é a realidade em foco. E diante de um mercado de trabalho classificatório, todos representam o que faz, sua função laboral. O que desestimula àquelas pessoas com pouca escolaridade. O sistema de certa forma, não credibilita este profissional, não o condiciona a buscar, a melhorar, ao conhecimento sistemático. Gera-se portanto o analfabeto funcional. E assim caracteriza-se parte dos funcionarios de uma empresa. Funcionarios que desenvolvem seus afazers mecanicamente, com uma rotina militar, e o imprevisto tornam-se um caos. total desorganização.
Na mesma linha classificatória, há ainda aqueles com um critico mais aguçado, consciente de seu trabalho, sua importância e necessidade de fazê-lo. Mas não se consideram partes do conjunto. O trabalho é apenas sua fonte de renda, sua sobrevivência. Pessoas que não acreditam em propostas, não exergam benefícios, não crêm em mudanças benéficas. E de modo, em parte é responsabilidade da empresa esta postura de indiferença destes trabalhadores.
A empresa não viabiliza igualmente capacitação aos seus funcionários. Assim os grupos se dividem de acordo com o que representam para ela. O grupo que se fala inicialmente é considerado no mercado de trabalho de fácil acesso, mão de obra inferior, menos exigência e maior disponibilidade. São facilmente substituidos, não há necessidade de formação especializada. Porém, estes trabalhadores não significam que sejam menos importantes para o andamento de qualquer empresa.
Todo trabalhador, independentemente de suas funções, devem ser vistos como integrantes de teor e igualmente grandeza para o bom andamento dos trabalhos e desenvolvimento.
No vasto mundo de conhecimento que desprende a humanidade, partir da conjuntura que saberr é desenvolver; é criar; é aprimorar, o homem se apresenta em constante aprendizado. Do nascer ao morrer está para uma gama de informações e adaptações que os fazem selecionar mais suas escolhas. Em partes, alguns não escolhem, absorvem o que a vida oferece.
Porém o universo, a realidade é instável, e muda de lugar a cada movimento. E, assim também é a vida, em constante movimento, que busca alinhar o querer e o fazer.
Esta confrontação caracteriza uma acirrada disputa de poder, defrontados nos núcleos empresarias em vigor. Segundo Srour¹, a gestão participativa no âmbito do sistema econômico capitalista age de modo desigual, o que enfatiza a separação entre gestores e trabalhadores. mas com a linha de trabalhos digitais, que frisa um processo de automação, consequentemente reflete numa gestão flexivel, que estimula o interesse pelo trabalho. A exemplo, incentivo ao conhecimento, qualificação possibilidade de crescimento, reconhecimento pessoal. Fatores que atenuam a desigualdade socia.
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¹ Srou, Robert Henry - Professor da Usp, Cientista Social e Doutor em Sociologia.
Por Lourdes Ribeiro - Dpt Pessoal - Asces

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