Durante anos a fio, vivemos em
busca de algo que, na maioria das vezes, não sabemos ao certo. Se, concluímos
os estudos, se adentramos em uma profissão, se alavancamos como grandes
empreendedores, se formamos uma família, em fim, ter o sucesso por tantos
almejados. Contudo, vamos no decorrer dos anos, abraçando novos propósitos. Ideais
vão surgindo, e passamos até, a
adicionar novos conceitos àqueles antes estimados por nós. E continuamos na
busca incessante do novo. Conclui-se com tudo isto, que a vida e o homem são
completamente mutáveis, adaptáveis as circunstâncias e evidências múltiplas. E
que graças à capacidade de desenvolver e melhorar sempre temos a cada dia novas
e inúmeras descobertas, algumas de grande valia, outras de grandes valores. A
exemplo, o conhecimento é de um valor ímpar e intransferível, dele faz-se uso
apenas o seu condutor, que o fará desenvolver a favor de si e de toda a
humanidade. O conhecimento é uma arma em mãos erradas, se tracejados em caminhos
tortuosos, grandes serão os estragos. O homem como ser único e racional leva a
responsabilidade da integridade, sustentabilidade e desenvolvimento. Embora,
diante de acontecimentos avessos - índices alarmantes da violência urbana, da
quebra da ética, dos valores e costumes, passa da condição racional a predador. Onde sua ganância,
irreverência e arrogância o tornam cego, surdo e mudo as atrocidades atônitas.
Vive-se hoje o ápice da
desordenância, o mundo pede socorro. Guerras civis, fome, miséria, epidemias,
endemias, doenças degenerativas acometidas pelo comportamento humano, pela
imposição, pelo subjetivo incógnito. O homem, com sua incessante necessidade do
novo, atropelam a ordem natural dos acontecimentos e, consequentemente,
promovem ações contrarias e adversas ao desenvolvimento humano.
Estamos na iminência da
degradação humana, ao pé que caminha a humanidade, não seremos auto suficientes
para provê nosso desenvolvimento sustentável. Tornar habitável, respirável, com
maior empregabilidade, qualidade de vida, crescimento organizado e plausível,
nosso habitat é nossa responsabilidade. Fazer florescer parte de uma ação
simples, porém, grandiosa: plantar uma semente, cultivá-la representa
participar e cuidar por um mundo melhor.
Partindo dessa premissa, de busca
pelo melhor, atrai questões como desigualdade social, equidade na distribuição
da renda, educação, habitação, qualidade de vida e desenvolvimento
organizacional – melhor definido como sustentabilidade social.
Diariamente, cobram-se ações:
ação social, ação ecológica, ação educacional, ação médica, ações que encadeiam
propósitos e projetos. Cobram-se, mas quem cobra faz? Será que todos estamos
engajados em um único propósito – soluções e resultados – que abracem a todos
sem distinção, menosprezo e indiferença. A responsabilidade é de todos, mas os
meios são de quem procura!
Temos hoje um déficit em moradia,
saúde, educação e também lazer. Mas, este último não se limita a futebol,
copas, olimpíadas, diria até que, se melhor planejados todo o recurso direcionado
a um único propósito de alimentar aos luxos e caprichos alheios para apenas
figurar diante dos olhos políticos, teríamos um país estruturado, bem
alimentado, bem educado e sobretudo morando bem e feliz. Com suas contas pagas
e seus impostos satisfatórios. Abramos os olhos e vejamos todos o que fazem de
maneira maquiada com o nosso dinheiro, com os nossos direitos. Somos capazes e
capazes de mudar este quadro.
Por Lourdes Ribeiro.
03/2014.