Ponto nos Is.

11 outubro 2009

Capítulo 3 - Ponto Eletrônico

Neste capítulo vamos falar sobre realização pessoal, onde enfatizamos a qualidade de vida, a consciência social e profissional – Metacompetência. Que segundo Eugênio Mussak 4, metacompetência significa transcender, ir além. Consistem no equilíbrio entre o racional, o emocional e o espiritual. Nossa sociedade vive sob pressão; cobranças por resultados, por perfeição, por profissionalismo, por talento, por empreendedorismo, por sucesso. E isso implica na eterna insatisfação pessoal, na competitividade, na individualidade. Conseqüência do mundo moderno, a ausência da inteligência espiritual, leva ao desequilíbrio emocional – stress, devido ao materialismo, utilitarismo, egoísmo constante no dia a dia.
A competitividade, da forma como se apresenta hoje, traduz os profissionais formados como guerreiros agressivos e competitivos. Que enxergam o mercado de trabalho como campo de batalha onde cada um é por si. Daí a necessidade de se trabalhar a evolução humana e o lado pessoal, representado pela capacidade de sonhar; assumir medo; desenvolver e aprimorar potencialidades; identificar e trabalhar as limitações e evidenciar as qualidades.
À medida que gerenciamos o tempo, compartilhamos conhecimentos, aprimoramos talentos etc, o resultado será o bem estar coletivo.
Todos precisam funcionar em conjunto, manter uma relação favorável que leve ao conhecimento tácito, ao prazer de conhecer, a participação e cooperação.
Despertar a vontade de aprender, chamar para o aprimoramento, favorecer o desenvolvimento, reflete a responsabilidade social das empresas em geral. A clareza dos objetivos retrata em seu corpo funcional a qualidade de seu trabalho. Todos serão conscientes se sua importância e benevolência para a empresa, que precisam desenvolver e aprimorar competência, favorecer a competitividade saudável que relacione atitude, habilidade e conhecimento que representa o querer, o poder e o saber que levará a resultados favoráveis.
Consciência é a palavra chave na relação social - empresa/empregados – onde partimos da afirmação que o conjunto se faz por partes, co-relacionadas e em equilíbrio constante.
A relação social não se dá puro e simplesmente, é preciso refletir sobre a condição humana. E como parte integrante da sociedade o homem é agente transformador. Daí sua importância na participação ativa na estrutura organizacional. Que precisa ter um entrosamento de confiabilidade, e solidariedade. Regido pela ética.
Segundo Durkheim 5, a divisão social de trabalho é geradora de relações humanas mais cooperativas e harmônicas, que se dá com a participação de todos e a consciência mútua. Identificando as diferenças e respeitando-as. Visualizando os desafios como coletivos.
Só assim as pessoas irão sentir-se como parte da empresa, vistas no mesmo grupo organizacional. Onde poderão explanar e ainda alçar seus sonhos e propósitos paralelos aos da coletividade.
Outro ponto chave dentro de uma empresa é a consciência crítica – zelar pelos princípios éticos traduz em pessoas conscientes de seus deveres e obrigações. E, uma empresa que prima pelos preceitos éticos, proporciona e credibilita a ação crítica. Que mostre o indivíduo como agente participativo e sabedor de seus atos.
De modo, a consciência organizacional tranqüila condiz na internalização dos valores por meio de seus colaboradores. E a credibilidade e confiança à instituição.







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4 – Mussak, Eugênio. Por um Mundo Melhor – Revista Você S/A Out_2003
5 – Durkheim, Emile David. (1858 - 1917) França. Acadêmico, sociólogo, antropólogo, filósofo _ Sociologia Moderna.
Por Lourdes Ribeiro - Supervisor(a) de Pessoal

30 setembro 2009

Ponto Eletrônico - Capítulo 2

Falamos anteriormente no incentivo ao conhecimento, qualificação, crescimento e relacionamento pessoal, como meio de atenuar as desigualdades confrontadas no âmbito social. Neste capítulo vamos descrever sobre um grupo que diretamente, sofrem estas “agressões”. O pessoal Técnico e Operacional Administrativo. Muitos deles graduados, outros, níveis médios ou técnicos por formação. Todos classificados em seus cargos definidos por funções e resumidos a níveis salariais. Que na prática não os qualifica academicamente. Em sua maioria, as empresas, no quadro funcional administrativo, visualizam o operacional como fazer por fazer e não por conhecer. Importam-se apenas com resultados, que mecanicamente são jorrados às mesas de seus diretores.
A capacitação, a qualificação, o conhecimento específico, a capacidade dinâmica, a criatividade são características essenciais para o bom funcionário. Que normalmente estão entre este grupo técnico e administrativo. Eles conhecem as entrelinhas das empresas, sua acessibilidade a todos facilita seu desempenho e atuação. Havendo sempre o cuidado de adequação do perfil profissional ao setor funcional, o empregado é de esmera absorção e virtuoso trabalho.
Cita-se também o fator responsabilidade e comprometimento, ainda neste grupo, existem àquelas funções de maiores exigências e responsabilidades, que desprendem benefícios diferenciados. Questão que precisa ser reavaliada diante da realidade apresentada, as funções são distintas e não se enquadram em níveis salariais equivalentes.
Outro ponto muito abordado neste grupo funcional é o programa de capacitação e incentivo educacional. Sabemos que desempenho se dá com conhecimento que por sua vez adquire através da informação e formação acadêmica. Logo, como exigir eficiência sem oferecer meios favoráveis para tal. As condições físicas de trabalho, a equipe, a motivação, o reconhecimento profissional – são pontos de extrema importância para o equilíbrio da empresa

e de seus colaboradores.
Ao afirmar: “A finalidade da empresa não é simplesmente a produção de benefícios, mas principalmente a própria existência da empresa como comunidade de pessoas que, de diversas maneiras, buscam a satisfação de suas necessidades fundamentais e constituem um grupo particular a serviço da sociedade inteira”, o Papa João Paulo II ² acompanha a linha de raciocínio de Alvin Toffler ³ - quando diz que a “Terceira Onda” tem o fator decisivo no conhecimento tecnológico e organizacional.
Assim, saber o objetivo final da empresa significa conhecer a que atende, que influências tem no meio social, qual contribuição pode oferecer à sociedade, que perspectivas, a qualidade de vida dos integrantes da empresa são favoráveis, sentem-se estimulados, participam voluntariamente das atividades e crescimento contínuo. Em face de tudo isto, pode-se diagnosticar a saúde de uma empresa.

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2 - Paulo II. João – Pontífice de 16/10/1978 à 02/04/2005.
3 – Toffler. Alvin – Escritor futurista norte-americano, Doutor em Letras, Leis e Ciências.

Por: Lourdes Ribeiro - Supervisora de Pessoal.

21 setembro 2009

Ponto Eletrônico - Capítulo 1

Seis horas da manhã, término de um turno início de outro, chegam às pessoas para organizar limpar e por funcionando a empresa em condições favoráveis de higiene e produtividade. Fala-se do pessoal de serviços gerais, que, meio que automaticamente, passam seu crachá e registram seus pontos desconfiados. "Será que passou mesmo?" "Final do mês espero que mostre o registro." "Sempre estou devendo horas." "Meu crachá não lê". "Sempre faço horas e nunca tem". "Como pode, tenho horas e descontam do salário". "Quando precisam exigem que passem do horário, mas, quando atraso me descontam". "Cobram muito e oferecem pouco". E assim seguem suas rotinas, catam seus instrumentos de trabalho, acatam as ordens de seus superiores e seguem para mais um dia com suas atividades laborais. A maioria sem expectativa de mudança, sem prioridade, sem objetivos. Outros, até confiantes, buscam melhoras, procuram qualificações, tentam um diferencial.
A empresa renasce a cada dia, com os funcionarios, com as pessoas que participam desta mudança contínua. São pessoas que buscam aprender, outras que procuram ensinar, algumas que visualizam crescimento profissioanl, qualificação, responsabilidades, conquistas. umas agem com profissionalismo, determinação, comprometimento. Alguamas buscam status, presença, satisfação, renome. E ainda aqueles que buscam reconheciemento, conscientização, humanização, participação e desempenho profissional.
Dividindo por grupo, tenta-se conhecer o mundo individual de cada um deles, os que buscam, os que enxergam quais expectativas, que diretrizes a seguir. Hierarquicamente toda empresa está definida em diretores, supervisores e empregados, classificados por cargos e funções e enquadrados por níveis de remuneração. Assim se dimensiona a qualificação funcional dos "empregados" da empresa.
Descrever o desenvolver de uma empresa em suas dimensões, visões e administrações requer observar, conhecer, direcionar, classificar e entender cada conduta e posicionar a opinião e o conheciemento demodo geral.
Substancialmente, as pessoas trabalham na condição de dias e vidas melhores, estável, que atendam as suas necessidades humanas de conquistas, de posse, de formação e qualificação. Sabe-se que alguns seguem caminhos diferenciados: a necessidade, a responsabilidade, familia, filhos são mais que prioridades é a realidade em foco. E diante de um mercado de trabalho classificatório, todos representam o que faz, sua função laboral. O que desestimula àquelas pessoas com pouca escolaridade. O sistema de certa forma, não credibilita este profissional, não o condiciona a buscar, a melhorar, ao conhecimento sistemático. Gera-se portanto o analfabeto funcional. E assim caracteriza-se parte dos funcionarios de uma empresa. Funcionarios que desenvolvem seus afazers mecanicamente, com uma rotina militar, e o imprevisto tornam-se um caos. total desorganização.
Na mesma linha classificatória, há ainda aqueles com um critico mais aguçado, consciente de seu trabalho, sua importância e necessidade de fazê-lo. Mas não se consideram partes do conjunto. O trabalho é apenas sua fonte de renda, sua sobrevivência. Pessoas que não acreditam em propostas, não exergam benefícios, não crêm em mudanças benéficas. E de modo, em parte é responsabilidade da empresa esta postura de indiferença destes trabalhadores.
A empresa não viabiliza igualmente capacitação aos seus funcionários. Assim os grupos se dividem de acordo com o que representam para ela. O grupo que se fala inicialmente é considerado no mercado de trabalho de fácil acesso, mão de obra inferior, menos exigência e maior disponibilidade. São facilmente substituidos, não há necessidade de formação especializada. Porém, estes trabalhadores não significam que sejam menos importantes para o andamento de qualquer empresa.
Todo trabalhador, independentemente de suas funções, devem ser vistos como integrantes de teor e igualmente grandeza para o bom andamento dos trabalhos e desenvolvimento.
No vasto mundo de conhecimento que desprende a humanidade, partir da conjuntura que saberr é desenvolver; é criar; é aprimorar, o homem se apresenta em constante aprendizado. Do nascer ao morrer está para uma gama de informações e adaptações que os fazem selecionar mais suas escolhas. Em partes, alguns não escolhem, absorvem o que a vida oferece.
Porém o universo, a realidade é instável, e muda de lugar a cada movimento. E, assim também é a vida, em constante movimento, que busca alinhar o querer e o fazer.
Esta confrontação caracteriza uma acirrada disputa de poder, defrontados nos núcleos empresarias em vigor. Segundo Srour¹, a gestão participativa no âmbito do sistema econômico capitalista age de modo desigual, o que enfatiza a separação entre gestores e trabalhadores. mas com a linha de trabalhos digitais, que frisa um processo de automação, consequentemente reflete numa gestão flexivel, que estimula o interesse pelo trabalho. A exemplo, incentivo ao conhecimento, qualificação possibilidade de crescimento, reconhecimento pessoal. Fatores que atenuam a desigualdade socia.
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¹ Srou, Robert Henry - Professor da Usp, Cientista Social e Doutor em Sociologia.
Por Lourdes Ribeiro - Dpt Pessoal - Asces